27/04/2009

Pensem bem!!!!

Comprar ou arrendar: prós e contras

Não é uma escolha simples, mas há contas a fazer que o podem ajudar a decidir

É uma dúvida que assalta muitos portugueses: comprar ou arrendar? Para responder a esta pergunta é preciso ponderar diversos factores e há alguns que não podemos analisar por si; dependem do seu gosto pessoal e fazem parte do seu projecto de vida.
Há quem prefira ser proprietário, estar à vontade para remodelar; e outros que privilegiam a mobilidade e a certeza de que, se os tempos piorarem ou a taxa de juro subir, como aconteceu recentemente, é sempre possível encontrar um apartamento mais barato.
Mas há contas que o podem ajudar a perceber que o facto de a prestação ao banco ser semelhante ao de uma renda paga ao senhorio tal não quer dizer que gaste o mesmo.
Ora vejamos, para quem compra casa através de um empréstimo ao banco, além dessa prestação fixa, terá de pensar nos valores da escritura, notário, encargos bancários, Imposto Municipal de Transacções e Imposto Municipal sobre Imóveis - um valor que para um empréstimo de 100 mil euros pode ultrapassar os 3500 euros -, ao que irá juntar o seguro de vida e multiriscos, condomínio, taxa de saneamento e manutenção do imóvel.
Já o arrendamento obriga apenas à renda mensal que é, no entanto, actualizável anualmente, à taxa de inflação. É o senhorio que se preocupa com os restantes custos, logo pode poupar dinheiro.
Há ainda outra premissa a ter em conta: a crise imobiliária veio destruir a ideia de que o preço dos imóveis vai subindo de forma contínua ao longo dos anos - o que levava a que a aquisição de uma casa fosse, não só um espaço para viver, também um investimento seguro e rentável.
Gonçalo Gomes, responsável pela área de investimento do ActivoBank7, explica que, «ao contrário do que se acreditava até há pouco tempo, o valor dos imóveis também pode descer. Desde os valores máximos atingidos em 2006, o preço das casas desceu perto dos 28% nos Estados Unidos, segundo dados do «Financial Times» e cerca de 7,5% em Portugal».
Segundo um estudo divulgado pelo IPD Portugal Imométrica de Investimento Imobiliário, o retorno total do investimento em activos imobiliários em Portugal durante 2008 foi praticamente nulo.

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