"Um movimento sempre significará uma perpétua inquietação. Um remexer, um sacudir, um caminhar para um sítio que se tenha definido como importante, inevitável ou inultrapassável.
Difícil de definir, este movimento é feito de ideias. Das coisas que nos fazem estar de pé, de olhos abertos arregalados para o horizonte. Parece ser feito de pulmões, parece ter pernas e feições. Quase que nos fala e nos toca.
Parece isso tudo porque é feito de gente. Muita gente e diferente, que um dia decidiu ser poeta, decidiu fazer música e assinalou, com um definido X no seu peito, a vontade de estar na vida a soletrar imagens, a questionar e duvidar do certo e do errado pré definido e regulado pelo dia à dia.
Gente que escolheu caminhar a linha da criatividade, em bando ou a solo, debitando os alecrins, cravos e jasmins que germinam e teimam em não se ficar cá dentro de nós.
É para eles e com eles que o MAR se eleva e ondula, cabeceando a espuma contra muralhas ou amaciando as costas arenosas da arte e da música em Portugal.
Aqui se juntaram as subtilezas de quem olha em seu redor e o descreve na caricata e belíssima língua portuguesa. Aqui se registam sons das ruas de Esposende, de Lisboa, do Bairro alto, da Moita, do Algarve, de Santarém e do interior urbano ou campestre de cada cabeça e coração.
Esta colectânea é subcutânea! É sincera e oportuna!
É simbólica de que algo mudou, que não se quer nem letargia ou bolores de estagnação. É um símbolo vivo de que as mentalidades de uma geração e das que se avizinham estão conscientes do legado das que passaram e que chegou a hora, o momento, a decisão de se pôr em movimento.
E acima de tudo, fazem-no a cantar... Em português!"
Site do MAR: http://sites.google.com/site/movimentoarock/
Blog do MAR: http://www.movimentoalternativorock.blogspot.com/
Algumas críticas à Colectânea Subcutânea no BLITZ:
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&m=6&fokey=bz.stories/48125
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