30/07/2007

Festival Musicas do Mundo - Sines 2007

Como não podia deixar de ser o Odcity esteve no FMM.

NORKST
Bretanha
O projecto Norkst nasceu do desejo de recuperar a riqueza modal da música da Bretanha. Com esse objectivo, o cantor Erik Marchand fundou uma academia de jovens músicos (Kreiz Breizh Akademi), 16 dos quais o acompanham ao FMM para mostrar um trabalho que culminou no reencontro da música bretã com o Oriente e os Balcãs.

GOGOL BORDELO
EUA / Ucrânia
Em estreia em Portugal, o melhor grupo das Américas nos prémios de “world music” da BBC Radio 3, Gogol Bordello, dá um dos espectáculos mais efervescentes da música actual. Liderados por Eugene Hütz, o seu punk cigano (onde também há elementos de reggae, metal, cabaret e klezmer) fecha o festival no Castelo com fogo-de-artifício.




SENÕR COCONUT and his ORCHESTRA feat. ARGENIS BRITO
Chile / Alemanha
Ideia de Uwe Schmidt, DJ alemão radicado no Chile, Señor Coconut é um dos grupos mais originais do momento. Partindo, entre outras, das canções de duas referências da pop alemã (Kraftwerk) e japonesa (Yellow Magic Orchestra), constrói-se um espectáculo com arranjos latinos (salsa, mambo, merengue, etc.) para dançar



Critica in 'Público' :
FMM SINES 2007 – FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO
Sábado, 28
Sines voltou a ser mágica
Um dia preenchido com músicos há muito emigrados e que fez da música um cruzamento das culturas - foi, igualmente, o melhor dos últimos dias. Aquele em que a magia voltou a Sines e rebentou com o castelo.
E ao último dia o pequeno e desejado milagre aconteceu e deu-se um daqueles raros momentos em que as cabeças se inclinam todas para o mesmo lado, os corpos dançam ao mesmo compasso e a bebida escorrega alegremente por todas as gargantas adentro.
Num crescendo imparável a última noite da nona edição do Festival de Músicas do Mundo de Sines começou com a estranheza de um cabaré rural plantado a meio caminho entre os EUA e a Suíça, começou a entrar em velocidade máxima com o hip-hop étnico de K"Naan e explodiu de vez, graças a uma carroça decadente e cigana chamada Gogol Bordello.
Quando o fogo-de-artifício surgiu de trás do palco para interromper uma canção dos Bordello (que continuaram a sua algazarra como se tocassem todos os dias com morteiros nas costas) e encher o céu de Sines num espectáculo vertiginoso, sabia-se: tinha sido uma noite extraordinária, daquelas que fazem o mais surdo crer no poder mágico dessa prenda dos deuses chamada música.
E Sines, como todos desejavam, acabava em glória. Uma vez mais.


Reportagem de "caçadores de beleza On tour"

2 comentários:

Bodhi disse...

Banhos de sol, comida extraordinária, muito relax e alguns bikinis dignos...resume-se assim o início de um dia de festival que em si mesmo começa com cerca de 15 jovens, e outros nem tanto, em cima de um palco. Contrabaixo, violinos, secção com vários instrumentos de sopro, harpa, percussão vária e mais qualquer coisa que se juntava a esta orgia de notas musicais que calmamente se juntavam com as cores de uma praia alentejana em fim de tarde, muita paz (talvez harmonia ou tranquilidade quem sabe)...de repente esta-se dentro de um castelo a ouvir um hip-hop com uma alma, muita alma, que só africa podia gerar, "there is a waaaay"...a terminar a festa no interior do recinto veio o tal punk cigano com o popeye de notre damme no acordeão e uma espécie de pirata ucraniano filho de todos os lunáticos do mundo a liderar o conjunto, alfredo era o nome de cada um dos elementos da banda que...todos os saltos de uma manada/alcateia/cardume/gang de cangurus na volta a austrália são, por comparação e já com o desconto de generosidade, escassos para avaliar a energia produzida dentro daquelas muralhas, juro que vi o castelo (entretanto tornado sauna) a saltar!!! Façam umas horas de aeróbica agarrados a um cabo de alta tensão dentro de uma piscina de redbull...chamo-lhe musica 3!

De volta ao palco junto à praia, para acabar a noite, quilos de montanhas aos pontapés eram o estilo, a pausa, a pose, a pinta, o cenário e claro a música...não havia nada a fazer, afinal parar ainda era uma ideia abstrata e longinqua ao ritmo das congas e dos sopros...

Não sei como correu a coisa ao nível do virtuosismo, criatividade, capacidade de inovação e outras capacidades dos músicos, quanto a mim, só me apetecia gritar. Chapada atrás de chapada, que mais se poderá dizer...qual é a minha geleira?

Dezperado disse...

Bem Bodhi pareces um ministro a falar!!!!